Itamaraty condena bombardeios de Israel no Líbano e cobra cessar-fogo

O Ministério das Relações Exteriores condenou, na tarde deste sábado (29/3), os bombardeios israelenses em Beirute e no sul do Líbano. O governo brasileiro classificou o episódio como uma “violação sistemática” do acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo terrorista Hezbollah.

Em nota oficial, o governo expressou preocupação com a escalada da violência na região e pediu que as partes envolvidas cumpram o acordo firmado em novembro do ano passado.

“O Brasil conclama as partes envolvidas a exercer máxima contenção e a cumprir integralmente os termos do referido acordo e as obrigações previstas na Resolução 1701 do Conselho de Segurança, incluindo a plena retirada das tropas israelenses do sul do Líbano”, destacou o ministério.

É a primeira vez que o Exército de Israel realizou bombardeios no Líbano desde o cessar-fogo. O governo israelense alegou que um ataque disparado a partir do território libanês, em 22 de março, “constitui uma violação flagrante dos entendimentos entre Israel e o Líbano e representa uma ameaça direta aos civis do Estado de Israel”.

Veja os bombardeios contra o Líbano:

Bombardeios

Segundo as forças israelenses, o Líbano é responsável por garantir o cumprimento do acordo de cessar-fogo, firmado em 27 de novembro de 2024, por um período de 60 dias. O pacto, no entanto, expirou em 26 de janeiro.

“Há pouco tempo, o IDF atingiu um local de infraestrutura terrorista utilizado para armazenar UAVs (veículos aéreos não tripulados) pela Unidade Aérea do Hezbollah (127), na região de Dahieh, um importante reduto terrorista do Hezbollah em Beirute”, informou o Exército israelense.

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) afirmaram ter emitido avisos prévios à população civil na área de Beirute antes dos ataques.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou nesta sexta-feira que a “nova realidade no Líbano recebeu hoje um exemplo adicional de nossa determinação”.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.