Mercado de energia solar deve crescer mais de 20% ao ano

 

Segunda maior fonte de energia na matriz elétrica brasileira (22%), atrás apenas da hidrelétrica, a geração solar deve crescer 22% ao ano, em média, até 2027, de acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). O avanço é impulsionado pela geração distribuída (GD), que permite que consumidores gerem sua própria eletricidade – e que representa dois terços de toda a energia fotovoltaica no Brasil.

O crescimento do setor deve acompanhar a alta anual de 4% da demanda global por eletricidade no mesmo período, segundo relatório da Agência Internacional de Energia (AIE). O percentual equivale a um Japão adicionado ao consumo mundial a cada ano, e deve ser alcançado em meio ao processo de transição energética e ante à necessidade de descarbonização da economia.

A potência instalada de geração solar superou os 55 gigawatts (GW) neste ano, estimulada pela redução de custos e pelo aumento da eficiência dos sistemas. São cerca de 37 GW de GD e 18 GW de geração centralizada. Células solares mais eficientes, armazenamento de energia por baterias e a digitalização do setor são alguns dos fatores que impulsionaram esse mercado. Contribuíram também incentivos como o Finame Energia, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e linhas de financiamento verde com com taxas reduzidas para aquisição de sistemas fotovoltaicos.

“A maioria da geração solar do país é própria, pequena, e está no telhado dos pequenos negócios, das casas e das propriedades rurais”, diz Rodrigo Sauaia, presidente-executivo da Absolar. São quase 5 milhões de unidades consumidoras dotadas de painéis solares, calcula a associação. “Parecem números muito expressivos, mas o Brasil tem mais de 93 milhões de unidades consumidoras”, completa Sauaia.

Para o executivo, o setor não deve sofrer revés frente à opção pelos combustíveis fósseis pelo governo americano. “O fato dos Estados Unidos, agora, estarem virando as costas para a transição energética representa uma oportunidade de protagonismo para o Brasil”, diz.

Fonte: Valor Econômico

 

 

Adicionar aos favoritos o Link permanente.