O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta quarta-feira (9/4) que Israel poderá liderar uma possível ação militar contra o Irã, caso não seja firmado um acordo para limitar o programa nuclear iraniano. A afirmação acontece às vésperas de um encontro entre representantes dos EUA e do Irã, previsto para o fim de semana, em Omã.
Durante seu pronunciamento, Trump reforçou que o uso da força militar não está descartado, caso as negociações fracassem.
“Se for necessário o uso militar, nós usaremos força militar”, disse o presidente. “Israel obviamente estará muito envolvido nisso. Eles serão os líderes disso. Mas ninguém nos lidera, fazemos o que queremos fazer.”
Os Estados Unidos alegam que o Irã estaria próximo de desenvolver uma arma nuclear, o que é negado pelo governo iraniano. Teerã insiste que seu programa nuclear tem fins pacíficos.
Desde o início de seu mandato, Trump tem adotado uma política de pressão máxima sobre o Irã, impondo sanções econômicas e aumentando a tensão diplomática. Em diversas ocasiões, ele indicou que uma intervenção militar seria considerada, caso o Irã se recusasse a atender às exigências americanas.
O republicano também comentou que, embora as negociações estejam em andamento, ainda não há um prazo definido para que um eventual acordo seja fechado. “Quando você começa negociações, sabe se estão indo bem ou não”, disse Trump. “E eu diria que a conclusão é que acho que elas não estão indo bem. Isso é apenas um sentimento.”
As tensões entre os dois países se intensificaram após a saída dos Estados Unidos do acordo nuclear de 2015, firmado entre o Irã e outras potências mundiais. O tratado previa restrições ao enriquecimento de urânio em troca do alívio de sanções econômicas, mas foi abandonado por Trump em 2018, sob a justificativa de que se tratava do “pior acordo de todos os tempos”.
Em resposta às ameaças americanas, o governo iraniano tem declarado que irá reagir a qualquer tipo de ofensiva.
