São Paulo — Karina Santos Ribeiro, mulher do charreteiro que atropelou e matou a ciclista Thalita Danielle Hoshino, de 38 anos, foi atropelada e morta em Itanhaém, no litoral de São Paulo, no dia 23 de março, se apresentou à polícia em Praia Grande e foi presa preventivamente na tarde desta quarta-feira (16/4).
Karina é a terceira pessoa presa pela morte de Thalita. O marido dela, e condutor da charrete, Rudney Gomes Rodrigues, de 31 anos, foi preso no dia 29 de março. Inicialmente, ele foi preso temporariamente por 10 dias. O período determinado pela Justiça acabou no dia 7 de abril, quando a Polícia Civil pediu a conversão da prisão de temporária para preventiva.
Na última sexta-feira (11/4), um homem de 29 anos foi capturado no bairro Rio Grande, em São Bernardo do Campo. Ele foi localizado em uma residência e conduzido ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da cidade. Havia um mandado de prisão preventiva expedido pela 2ª Vara Criminal de Peruíbe contra o suspeito. Outros dois envolvidos no crime seguem foragidos.
Morte de ciclista por charrete
Thalita foi atropelada por volta das 11h45 do último dia 23 de março enquanto passeava de bicicleta junto a uma amiga pela faixa de areia de uma praia de Itanhaém.
A charrete envolvida no atropelamento era conduzida por Rudney. Ele foi o autor do primeiro boletim de ocorrência (B.O.). No documento, o condutor disse que passava pela faixa de areia da praia quando viu uma pessoa à esquerda e desviou. Foi nesse momento que a ciclista, que vinha pelo lado direito, teria cruzado na frente da charrete, “ocasionando uma colisão frontal”.
Apreensão dos animais
- Na ação policial, os agentes encontraram o cavalo e a charrete no bairro Ribeirópolis, no mesmo município. O suspeito foi encaminhado à Cadeia Pública.
- Em depoimento prestado na última segunda-feira (1°/4), Rudney contou às autoridades que estava conhecendo a égua que conduzia a charrete no momento do atropelamento.
Rudney contou que seguiu por cerca de 100 metros adiante para prender o cavalo. A esposa dele teria prestado socorro à vítima. O atropelador voltou ao lugar do acidente e acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Thalita foi socorrida, mas morreu dois dias depois.
Em boletim de ocorrência registrado posteriormente pela amiga que acompanhava Thalita, a testemunha contou que viu dois carros e duas charretes em alta velocidade. Ela afirma que tentou avisar à amiga sobre os veículos, mas não deu tempo.
Segundo o documento, a amiga contou que, na sequência, avistou Thalita caída no chão com “hemorragia no crânio” e a bicicleta retorcida, com o pneu estourado.