Traficantes cobram por água e condomínio em Caxias

Duque de Caxias – Moradores da Rua Lauro Sodré, no Jardim Pantanal, em Duque de Caxias, denunciam que traficantes da facção Terceiro Comando Puro (TCP) interromperam o fornecimento de água para cerca de 2 mil pessoas.

Os criminosos impuseram uma “taxa” de R$ 200 por apartamento para religar o abastecimento. Além disso, cobram R$ 150 por mês sob o nome de “condomínio”, controlando serviços básicos com ameaças e violência.

Água cortada e cobrança ilegal

De acordo com os relatos, os traficantes mandaram romper o cano principal que abastece cinco condomínios da região. Sem água, os moradores caminham por até 600 metros em busca de fontes alternativas.

“Eles mandaram arrebentar o cano. Temos que andar muito para conseguir água potável”, contou um dos moradores.

Intimidação e medo constante

O clima de medo domina os condomínios. Os relatos incluem ameaças de expulsão ou até de morte caso os moradores façam denúncias. Mesmo assim, alguns decidiram relatar a situação.

“Não podemos deixar o medo nos dominar. Precisamos mostrar o que está acontecendo aqui”, disse um morador, que pediu anonimato.

Presença policial sem ação efetiva

Apesar das denúncias ao Disque Denúncia e à Polícia Militar, os moradores afirmam que não houve retorno prático. Viaturas aparecem na área, mas apenas estacionam próximas às barricadas erguidas pelos criminosos.

“As autoridades estão aqui, mas é como se não estivessem. As viaturas ficam paradas, não fazem nada”, criticou outro residente.

Barricadas e domínio da facção

As ruas do bairro mostram sinais claros de controle do TCP, com muros pichados com siglas da facção e barreiras impedindo a entrada de estranhos.

Segundo os relatos, o controle do tráfico se estende não apenas sobre a segurança, mas também sobre o fornecimento de serviços como água e energia.

O que dizem as autoridades

A Polícia Militar afirmou, em nota, que realiza ações em conjunto com a delegacia local para identificar os criminosos e que reforçará o patrulhamento.

A corporação esclareceu que as operações não se limitam às viaturas de rotina. Já a Polícia Civil informou que investiga grupos que exploram serviços essenciais, como luz e água, de forma clandestina.

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