São Paulo — Os professores da rede municipal de São Paulo decidiram manter a greve iniciada há uma semana, em assembleia realizada nesta terça-feira (22/4).
A categoria também decidiu realizar manifestação e assembleia geral nesta quarta-feira (23/4), às 13 horas, em frente à Câmara Municipal, no centro da capital paulista. A reunião foi organizada pelos sindicatos vinculados à Coordenação das Entidades Sindicais Específicas da Educação Municipal (Coeduc).
O grupo reivindica que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) negocie com a categoria o reajuste salarial e pede aumento de 44% nos salários, o fim dos descontos para aposentados e melhores condições de trabalho.
Os servidores são contrários ao reajuste proposto pela gestão Nunes à Câmara Municipal, de 2,60% neste ano e 2,55% no próximo ano.
Em nota, a Prefeitura de São Paulo afirmou que o reajuste total de 5,2% mantém a valorização do funcionalismo.
A administração argumentou que gestões anteriores ofereciam apenas uma correção simbólica de 0,01% por ano, o que não acontece desde 2023. O chamado reajuste simbólico acontecia quando os prefeitos negociavam as correções salariais de cada categoria à parte, o que era criticado por alguns sindicatos pelas disparidades entre áreas.
A gestão Nunes afirmou, ainda, que promoveu aumentos na remuneração inicial dos servidores da educação e criticou o movimento grevista.
“A Prefeitura reitera seu compromisso com os educadores, mas ressalta que outros interesses não devem se sobrepor ao direito à educação das crianças. Interromper as atividades contraria os esforços de toda a sociedade para fortalecer a educação”, finaliza a nota.
No final de março, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) prometeu punir professores da rede municipal de ensino que paralisassem atividades para participar de um protesto convocado por entidades sindicais.