Na Europa, bolsas engatam nova alta com guerra comercial e balanços

Os principais índices das bolsas de valores da Europa fecharam o pregão desta quinta-feira (24/4) em alta, com os investidores repercutindo as últimas informações a respeito da guerra comercial entre Estados Unidos e China.

O mercado europeu também acompanha a divulgação de balanços financeiros de diversas companhias europeias.


O que aconteceu

  • O índice Stoxx 600, que reúne ações de 600 empresas europeias listadas em bolsas, terminou o dia com ganhos de 0,36%, aos 518,61 pontos.
  • Na Bolsa de Londres, o FTSE 100 registrou leve alta de 0,051%, aos 8,4 mil pontos, praticamente estável.
  • Em Frankfurt, o índice DAX fechou no azul, subindo 0,47%, aos 22 mil pontos.
  • Na Bolsa de Paris, o CAC 40 encerrou o pregão avançando 0,27%, aos 7,5 mil pontos.
  • Em Madri, o Ibex 35 foi a exceção entre os principais mercados da Europa nesta quinta, recuando 0,22%, aos 13,1 mil pontos.

Principais destaques

Entre os maiores destaques do dias no mercado europeu, as ações da Kering, dona da Gucci, recuaram 1,69% depois do anúncio de que as vendas da companhia ficaram abaixo do esperado no primeiro trimestre.

O BNP Paribas, que reportou queda no lucro, cedeu 2,15%. A Nokia despencou 9,46%, após anunciar que projeta forte impacto das tarifas comerciais impostas pelos EUA sobre os resultados do segundo trimestre.

A Adidas, por outro lado, subiu 2,9%, sob efeito dos resultados positivos de seu balanço financeiro, que superou as estimativas do mercado.

Guerra comercial

Nessa quarta-feira (23/4), o jornal The Wall Street Journal publicou a informação de que o governo do presidente Donald Trump nos EUA estuda reduzir as tarifas sobre produtos importados da China, de 145% para uma faixa entre 50% e 60%.

A nova mudança de rumo do tarifaço aconteceu um dia depois de o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, ter definido como “insustentável” o conflito comercial em curso com a China.

Segundo o jornal, também estaria em análise uma aplicação escalonada das taxas, semelhante à proposta pelo comitê da Câmara sobre a China, no fim do ano passado.

Nesse caso, seriam aplicadas tarifas de 35% para itens que não representem uma ameaça à segurança nacional dos EUA e de, no mínimo, 100% para os produtos tidos como estratégicos para os interesses norte-americanos.

Nesta quinta, após o encerramento dos negócios no mercado asiático, porta-vozes do governo da China negaram que o país esteja avançando nas negociações com os norte-americanos.

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