Doença de La Crosse: transmitida por mosquitos, infecção causa inflamação cerebral mortal

Imagem de cérebro diagnosticado com encefalite La Crosse

A encefalite La Crosse pode ser fatal em crianças – Foto: Divulgação/Live Science/ND

Uma doença transmitida por mosquitos, conhecida como encefalite La Crosse, é uma doença rara, porém grave, atinge de 80 a 100 crianças nos Estados Unidos por ano, e está preocupando a comunidade cientifica.

Identificada pela primeira vez em La Crosse, Wisconsin, nos Estados Unidos, na década de 1960, a doença é mais prevalente nas regiões dos Apalaches e do Centro-Oeste, com casos relatados predominantemente durante o verão.

Como a encefalite La Crosse é diagnosticada

Conforme informações da revista Live Science, cerca de 75% dos casos ocorre em crianças menores de 16 anos.

O principal vetor é o mosquito Aedes triseriatus, encontrado em áreas florestais, onde se reproduz em ocos de árvores e recipientes com água parada.

Vale destacar que pequenos mamíferos, como esquilos e tâmias, servem como hospedeiros reservatórios, o que mantém o vírus na natureza.

Manifestações clínicas

Apesar dos muitos casos de pessoas infectadas permanecerem assintomáticas, os principais sintomas podem apresentar febre, dor de cabeça, náuseas, vômitos, fadiga e letargia.

Um estudo da Science Direct, em casos graves, principalmente em crianças, a doença pode evoluir para encefalite, caracterizada por convulsões, alteração do estado mental e, em casos raros, complicações neurológicas a longo prazo.

A taxa de letalidade é inferior a 1%, mas aproximadamente 5% a 15% dos pacientes com encefalite podem sofrer convulsões recorrentes ou outros problemas neurológicos após a recuperação.

Imagem de mosquito Aedes triseriatus

A encefalite La Crosse é transmitida pelo mosquito Aedes triseriatus – Foto: Divulgação/CDC/ND

Tratamento da encefalite La Crosse

O artigo da revista Live Science indica que o diagnóstico da doença causada pelo vírus de La Crosse depende principalmente de testes sorológicos, pois isolar o vírus de amostras clínicas é desafiador.

Não há tratamento antiviral ou vacina específica disponível; o tratamento se concentra em cuidados de suporte, incluindo hospitalização para casos graves, a fim de monitorar e aliviar os sintomas.

Como prevenir a encefalite La Crosse

Prevenir picadas de mosquito continua sendo a estratégia mais eficaz contra a infecção por encefalite La Crosse.

Os CDC’s (Centros de Controle e Prevenção de Doenças) recomendam o uso de repelentes de insetos, o uso de roupas de mangas compridas e a eliminação de água parada ao redor das casas para reduzir os criadouros do mosquito.

Imagem do mapa do Brasil com bandeira em cima

A doença pode chegar no Brasil? Descubra abaixo – Foto: Canva/ND

Existe perigo da encefalite La Crosse no Brasil?

Conforme a Science Direct, a doença causada pelo vírus La Crosse ocorre exclusivamente nos Estados Unidos. Por isso, até o momento, não há casos relatados no Brasil ou em outros países da América do Sul.

O vírus também é transmitido pela picada do mosquito Aedes triseriatus, que não são encontrados no Brasil, o que torna o risco de transmissão praticamente inexistente por aqui.

Além disso, o ciclo natural do vírus depende de pequenos mamíferos como esquilos, que também não fazem parte da fauna brasileira. Ou seja, reforça a ideia de que o Brasil não é um ambiente propício para o vírus circular.

No entanto, especialistas destacam a importância de vigilância contínua, principalmente diante de mudanças climáticas e deslocamentos internacionais que podem favorecer o surgimento de vetores ou vírus em novas regiões.

O Brasil já enfrenta outros arbovírus, como dengue, zika e chikungunya — todos transmitidos por mosquitos do gênero Aedes, presentes em áreas urbanas.

*Importante: este conteúdo não substitui avaliações profissionais com médicos ou outros especialistas nas áreas de saúde e bem-estar.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.