Vídeo: primeiras baleias-jubarte da temporada de 2025 são vistas em SP

São Paulo — As primeiras baleias-jubarte chegaram ao litoral norte de São Paulo em 2025. Nessa segunda-feira (28/4), duas delas foram avistadas por três pescadores da Praia do Bonete, em Ilhabela, no litoral paulista. O registro marca o início da temporada anual de baleias no Brasil, que geralmente é intensificada entre junho e novembro, quando migram ao país em busca de águas quentes para reprodução.

Imagens registradas pelos pescadores circulam nas redes sociais. Nos vídeos, os gigantes mamíferos aparecem realizando manobras no mar e acrobacias aéreas. As jubartes são conhecidas pelo comportamento interativo e por exibições performáticas.

Veja vídeo:

Entrevistado pelo Metrópoles, o capitão Gabriel Luiz, responsável por passeios turísticos para avistamento das baleias em Ilhabela, conta que nessa época é comum a vinda dos animais para o Brasil. Além disso, o navegador ressalta que a presença das jubartes “fomenta o turismo da cidade e ajuda a economia local”.

Os meses de junho e julho registram o pico de passagem das baleias por lá. Todo ano os animais deixam a Antártica com destino ao mar do nordeste, quando cruzam o litoral de São Paulo.

A espécie jubarte é considerada cosmopolita — o que significa que está presente em diversos locais do mundo. O animal é considerado de porte grande, com média de 16 metros e mais de 40 toneladas. Elas vivem de 60 a 80 anos e não são consideradas agressivas — não há até hoje registro de ataques contra humanos.

Monitoramento e cuidados

Em suas passagens pelo litoral paulista, as baleias são monitoradas por um programa privado de ciência cidadã que organiza e registra as aparições de baleias e golfinhos, especialmente na região de São Sebastião e Ilhabela. O Projeto Baleia a Vista possui uma rede de apoio, que conta com voluntários — como os caiçaras da Praia do Bonete — capazes de ajudar a levantar informações sobre os animais.

Ao Metrópoles, um dos fundadores do projeto, Julio Cardoso, afirma que a principal ferramenta do projeto são as fotografias tiradas por apoiadores ou cidadãos comuns compartilhadas nas redes sociais. Segundo o fotógrafo, o material é avaliado pelo método de fotoidentificação, que busca estudar as particularidades físicas e identificar as nadadeiras caudais da espécie — que se assemelha às impressões digitais dos seres humanos. A organização voluntária busca registrar as impressões localizadas na cauda e catalogar cada uma. As jubartes reconhecidas nessa segunda-feira são as número 683 e 684.

A organização também oferece cursos de capacitação para operadores de turismo atuarem dentro das normas federais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para a navegação na presença das jubartes.

São algumas das recomendações:

  • Manter a rota de navegação da baleia livre
  • Estar sempre do lado delas, nunca atrás ou à frente
  • Velocidade máxima de cinco nós para os barcos
  • Distância mínima de 100 metros para os barcos
  • Deixar o motor em neutro e não desligado
  • São permitidos até dois barcos simultaneamente
  • O tempo máximo permitido com a baleia é de 30 minutos
  • Cuidado para não provocar encalhes
  • Não separar os animais do grupo
  • Evitar ruídos altos
  • Não jogar qualquer tipo de objeto na água
  • Não mergulhar
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