A NASA está em busca de ajuda para identificar as formas de milhares de galáxias com base em imagens obtidas pelo telescópio James Webb. A iniciativa faz parte do Galaxy Zoo, projeto que conta com cidadãos voluntários para classificar galáxias a partir de imagens captadas pelos equipamentos astronômicos.
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O Galaxy Zoo foi criado em 2007 e, desde então, já recebeu imagens do espaço feitas por telescópios como o Sloan Digital Sky Survey, Hubble e Euclid. Agora, a agência espacial americana está recrutando pessoas para analisarem imagens capturadas pelo James Webb.
“Esta é uma ótima oportunidade de ver imagens do mais novo telescópio espacial. Galáxias na borda do nosso universo estão sendo vistas pela primeira vez, justamente quando estão começando a se formar”, destacou a escocesa Christine Macmillan, uma das voluntárias do projeto, em comunicado divulgado pela NASA.
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Qualquer pessoa pode participar?

A iniciativa da NASA é voltada ao público geral, e não é necessário ter formação ou conhecimento específico em astronomia. O voluntário, no entanto, precisa ter mais de 10 anos, compreensão básica do inglês e uma boa conexão com a internet, uma vez que as classificações das galáxias são feitas online.
Após a pessoa criar uma conta no site do Galaxy Zoo, ela receberá um tutorial com as instruções para classificar as galáxias que estão na plataforma. Durante o processo, o voluntário observa a imagem do James Webb e, em seguida, responde a perguntas como “a galáxia é redonda?” ou “há sinais de espirais?”.
De acordo com a agência espacial americana, os formatos das novas galáxias captadas pelo telescópio podem dar informações sobre como elas nasceram, quando se formaram e até mesmo se elas interagem com suas vizinhas.
Algoritmo de IA
Além dos dados fornecidos pela James Webb, a equipe responsável pelo Galaxy Zoo também incorporou um algoritmo de IA chamado ZooBot à plataforma colaborativa. Essa ferramenta será responsável por identificar as imagens que são mais fáceis de serem analisadas pelos voluntários.
“Observando como galáxias mais distantes têm formatos diferentes das galáxias próximas, podemos descobrir quais processos foram mais comuns em diferentes momentos da história do universo”, informou a NASA em nota.
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