Profissão de web designer continua em alta, mas passa por transformações

A internet reúne mais de 1,88 bilhão de endereços virtuais, segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Com tantas opções e estímulos visuais, para se destacar no ambiente digital é preciso investir em estratégias que unam experiência do usuário, acessibilidade e inovação.

Nesse cenário, o trabalho dos profissionais de web design ganha destaque. Responsáveis pela criação de páginas atrativas, acessíveis e alinhadas às expectativas do público, esses especialistas ajudam a fortalecer a presença digital de marcas e negócios.

No Brasil, de acordo com a plataforma Glassdoor, o salário médio para web designer gira em torno de R$ 3 mil mensais. O valor varia de acordo com a experiência, a região e o nível de especialização. A carreira possibilita oportunidades em agências, startups, empresas ou, ainda, como freelancer, para quem deseja obter dinheiro pela internet prestando serviços digitais.

No entanto, o profissional que deseja atuar nessa área deve estar atento às transformações. À medida que o mercado digital evolui, o web design acompanha esse movimento com práticas mais sofisticadas e alinhadas ao comportamento dos usuários.

Entre as principais tendências de design para 2025 apontadas pelo Sebrae está o uso de microinterações, elementos visuais e animações sutis, que promovam uma conexão emocional entre o usuário e a interface. Também se destaca o avanço do design inclusivo e acessível, voltado a garantir que os conteúdos sejam percebidos e compreendidos por todos, independentemente de limitações físicas ou cognitivas.

Um exemplo citado pelo Sebrae é o aplicativo da startup Hand Talk, que traduz textos e áudios para a Língua Brasileira de Sinais (Libras) com avatares 3D, chamados Maya e Hugo. A ferramenta amplia a acessibilidade digital e já é reconhecida pela comunidade surda no Brasil.

Outra tendência apontada é a sustentabilidade digital, que tem ganhado força com o aumento da preocupação ambiental, também no universo virtual. Segundo o Sebrae, designers vêm priorizando a criação de sites otimizados, que utilizem menos dados e, portanto, consomem menos energia.

Isso pode ser feito por meio de práticas como o uso do lazy loading – que carrega imagens apenas quando o usuário rola a página – e a escolha de servidores alimentados por fontes de energia renováveis. 

Também são recursos em ascensão as tipografias variáveis e personalizadas, que permitem que os designers ajustem de forma fluida a largura, o peso e a inclinação das fontes, garantindo que elas se adaptem em diferentes dispositivos e contextos.

Uma identidade visual bem construída transmite profissionalismo e fortalece a imagem da empresa no ambiente digital. Ferramentas como o gerador de nome de empresas podem ser o ponto de partida na criação de marcas, logotipos e conceitos visuais que expressem a essência do negócio e dialoguem com o público.

Design ético, mobile-first e interatividade

O levantamento realizado pela Designmodo sobre as tendências de web design para 2025 destaca a importância de práticas como o design mobile-first, que prioriza a experiência do usuário em dispositivos móveis que, segundo a pesquisa, são responsáveis por 60% do tráfego global de sites.

Essa abordagem exige que todos os elementos da interface funcionem perfeitamente tanto em smartphones quanto em desktops, reforçando o posicionamento da marca e otimizando o desempenho nas buscas.

A pesquisa também ressalta a valorização do design ético, acessível e transparente, com ênfase em usabilidade, proteção de dados e respeito à privacidade dos usuários. As boas práticas incluem ajustes na paleta de cores, criação de pop-ups informativos e políticas de cookies claras, garantindo que os usuários estejam cientes de como suas informações estão sendo utilizadas.
Além disso, o conteúdo interativo tem se tornado essencial no design digital, segundo o Sebrae. A narrativa visual e o storytelling são estratégias que tornam os sites mais envolventes e memoráveis. Infográficos animados, vídeos explicativos e seções interativas estão entre os recursos que ajudam a captar a atenção do usuário e melhorar a retenção de informações.

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