

Peixarias do Mercado Público fazem de forma emergencial transporte de resíduos para descarte – Foto: Leo Munhoz/ND
A suspensão da coleta de resíduos das peixarias do Mercado Público de Florianópolis tem gerado preocupação entre comerciantes. Há cerca de uma semana, a empresa responsável pelo recolhimento deixou de operar após determinação do IMA (Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina), afetando diretamente a rotina de trabalho dos estabelecimentos.
Antes, o material era recolhido por uma empresa que fazia o transporte adequado. Agora, cada peixaria é responsável por levar os resíduos até um ponto de descarte provisório, cedido pela Comcap (Companhia Melhoramentos da Capital), no bairro Itacorubi.
Resíduos de peixarias do Mercado Público devem aumentar com safra da tainha
Ao programa Balanço Geral SC, da NDTV RECORD, Sinara Vieira, empresária que atua no mercado, relata a dificuldade de logística.
“Tem uma logística de pegar um funcionário, levar para o local de descarte. Semana passada fizemos só duas vezes. Mas a partir desta semana, com a safra da tainha, terá de ser feito todos os dias, porque aumenta o fluxo de limpeza de peixe. É uma situação delicada”, alerta.

Safra da Tainha vai até o dia 31 de julho e peixarias do Mercado Público estão preocupadas com o aumento de resíduos das peixarias – Foto: Secom BC/Reprodução
Aldonei Brito, diretor assistente do Mercado Público, entende que o retorno do serviço terceirizado deve ser feito quanto antes. “A solução ideal seria o retorno da empresa com a coleta, porque hoje temos que fazer o transbordo e levar até a Comcap, exigindo deslocamento de funcionários e equipamentos”.
O médico-veterinário Leonardo Machado Barbosa, que acompanha o trabalho de oito das 13 peixarias do mercado, alerta para os riscos sanitários do acúmulo de resíduos no local.
“Pode causar mau cheiro, atrair moscas e pragas, o que não é higiênico para um estabelecimento alimentício. Além disso, temos consumidores e turistas circulando pelo centro, o que pode gerar uma imagem negativa”, ressalta.

Com a suspensão da coleta, cada peixaria fica responsável por levar os resíduos até um ponto de descarte provisório, cedido pela Comcap – Foto: Germano Rorato/ND
Em nota, a empresa Patense informou que cumpriu as exigências feitas pelo IMA e aguarda a liberação total para retomar a operação. Já o IMA declarou que houve descumprimento de normas ambientais e, apesar de um levantamento parcial do embargo, ainda restam pendências que impedem a retomada completa das atividades da empresa.
Enquanto a situação não é resolvida, os comerciantes seguem arcando com o transporte dos resíduos, em meio ao aumento da demanda trazida pela temporada da tainha.