O governo de Goiás decretou situação de emergência zoossanitária, por meio de decreto publicado no sábado (17/5), pela Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa). A medida é resultado da confirmação por parte do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) do primeiro caso de gripe aviária registrado em uma granja comercial, no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul.
De acordo com o governo de Goiás, o objetivo do decreto é “reforçar as ações de vigilância, prevenção e pronta resposta diante do cenário nacional da doença, mesmo sem qualquer registro da gripe aviária no estado”. Isso em granjas comerciais ou de subsistência, assim como em aves silvestres.
O governo goiano informou que a decisão da Agrodefesa acompanha diretrizes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que prorrogou por 180 dias (por meio da Portaria nº 784/2025) a vigência da emergência zoossanitária nacional declarada em 2023.
Em agosto de 2023, Goiás já havia publicado o Decreto nº 10.297, que estabeleceu situação de emergência zoossanitária, de forma preventiva, para mitigação do risco da gripe aviária no estado. Ele teve validade por 180 dias, a partir da data da publicação, e foi prorrogado por algumas vezes.
Peso na economia
Para o governo de Goiás, o novo decreto, que também tem prazo inicial de 180 dias, permitirá o reforço da coordenação entre instituições públicas e privadas, ampliando a eficácia das medidas de biossegurança e controle sanitário. “Essa é uma medida estratégica e necessária”, diz o presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos. “Goiás tem um papel relevante na avicultura nacional e precisamos proteger nossos plantéis e nossa economia.”
A avicultura é um dos pilares do agronegócio goiano e brasileiro. Em 2024, o Brasil produziu cerca de 15 milhões de toneladas de carne de frango, mantendo-se como o maior exportador mundial do produto. Goiás ocupa a 4ª posição no ranking nacional de produção de aves, com destaque para os polos de Itaberaí e Rio Verde — o 2º e o 6º maiores produtores do Brasil, respectivamente. O setor emprega diretamente mais de 240 mil pessoas no estado.