A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) estabeleceu que o Dia Mundial da Reciclagem deve ser comemorado em 17 de maio. A data se torna ainda mais relevante diante da crescente geração de lixo. Atualmente, o Brasil enfrenta desafios significativos na gestão de resíduos sólidos, com uma baixa taxa de reciclagem e um volume considerável de materiais sendo destinados a aterros sanitários.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), atualmente o Brasil é o quinto país que mais gera lixo eletrônico no mundo, produzindo por ano mais de 2,4 milhões de toneladas desses resíduos. Entre as Américas, o país ocupa a segunda posição, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.
No dia 8 de maio de 2025, o Fórum Nacional de Economia Circular aprovou oficialmente o Plano Nacional de Economia Circular (PNEC), documento estratégico construído com ampla participação social e técnica. A iniciativa é resultado direto do Decreto nº 12.082/2024, que institui a Estratégia Nacional de Economia Circular e criou o próprio fórum responsável pela aprovação do plano.
“A principal consequência da PNEC é o fortalecimento da cadeia de reciclagem, principalmente considerando outras medidas regulatórias que têm sido estabelecidas na logística reversa de equipamentos eletroeletrônicos e eletrodomésticos. Há uma tendência de aumento na demanda por estes materiais reciclados nas empresas do país, criando novas oportunidades econômicas para os catadores”, enfatiza Vininha F. Carvalho, ambientalista, economista e editora da Revista Ecotour News & Negócios.
Uma pesquisa conduzida pela Ambipar, empresa especializada em gestão ambiental, indica que a adoção de práticas de economia circular no Brasil tem o potencial de injetar R$ 11 bilhões anuais na economia e gerar aproximadamente 240 mil novos empregos até 2040.
“De uma maneira geral, com a economia circular, promovemos redução da extração de recursos naturais, maior longevidade dos produtos e, no final da vida útil desses produtos, a reciclagem de matérias-primas. Esses são os pontos principais que sustentam o conceito de economia circular”, explica Marcelo Okamura, presidente da Campo Limpo, empresa que produz embalagens recicladas de defensivos agrícolas.
Dados levantados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Centro de Pesquisa em Economia Circular da Universidade de São Paulo (USP) apontam que 85% da indústria brasileira já faz uso de práticas diárias relacionadas à economia circular.
“A economia circular não é apenas uma tendência, mas uma forma de promover a sustentabilidade. A reutilização de materiais, aliada à redução de resíduos descartados em aterros, contribui diretamente para diminuir a extração de recursos naturais e as emissões, alinhando o Brasil às metas climáticas globais”, conclui Vininha F. Carvalho.
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