O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou, na Comissão de Relações Exteriores do Senado, nesta terça-feira (20/5), que os excedentes energéticos de países como o Paraguai deveriam ser utilizados para desenvolvimento de inteligência artificial.
“Por exemplo, o Paraguai tem uma usina hidrelétrica atualmente e tinha um acordo de longo prazo com o Brasil, no qual vendia 50% da energia produzida. Esse acordo expirou. Eles estão tentando descobrir o que fazer com os 50% da eletricidade gerada por hidrelétricas que não serão mais destinados ao Brasil. E eles não podem colocar isso em um tanque e enviá-lo para o exterior. Então, alguém, se for esperto, vai até o Paraguai e abrir uma instalação de IA”, disse Rubio.
Rubio foi à Comissão de Relações Exteriores do Senado para apresentar, formalmente, a proposta de orçamento do Departamento de Estado para 2026.
O secretário de Estado, em audiência, defendeu que o desenvolvimento da IA demandará um quantitativo energético que o mundo não tem.
“O desenvolvimento da IA, por si só, vai sobrecarregar a quantidade de energia necessária para produzir inteligência articial e inovações impulsionadas por ela, mas não produzimos energia global suficiente para atender a essa demanda”, ressaltou Rubio.
Segundo ele, a ampliação da produção energética direcionada a IA proporcionará “oportunidades estratégicas para nações que podem fornecer energia com boa relação custo-benefício e em volume suficiente. Isso se tornará uma enorme oportunidade para esses países se tornarem líderes no setor de IA”.
“Mas, por outro lado, isso vai sobrecarregar todos os outros, porque vai esgotar esses recursos energéticos. Portanto, precisamos estar à mesa para conversar não apenas sobre qual é o nosso papel na energia, mas também sobre como podemos ajudar a investir ou fazer parcerias com países que têm suprimento de energia”, complementa Rubio.