As investigações sobre o assassinato de Melissa Campos (foto em destaque), de 14 anos, morta a golpes de tesoura dentro de uma escola em Minas Gerais, revelaram detalhes que reforçam a premeditação do crime.
Segundo o Ministério Público, o autor, um colega de mesma idade, enviou um bilhete ameaçador à vítima antes do ataque, afirmando que ela seria morta por estrangulamento. O promotor André Tuma classificou o recado como “uma sentença de morte”.
A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) informou que, ao ser apreendido, o adolescente revelou parte do que o motivou a cometer o crime: “Ela simbolizava uma alegria que eu não tinha”. A frase, dita friamente aos policiais, evidencia um sentimento de inveja que, de acordo com os investigadores, foi um dos principais fatores que levaram ao homicídio.
O Ministério Público descartou, nessa terça-feira (20), a hipótese de que Melissa estivesse sendo vítima de bullying, afastando especulações iniciais. As autoridades afirmaram que o crime partiu de uma motivação íntima e emocional do agressor, sem relação com práticas de perseguição ou humilhação sistemáticas.
Além da confissão parcial, a investigação apurou que o assassinato foi meticulosamente planejado. O adolescente levou a tesoura até a escola com a intenção clara de matar Melissa. Após o crime, contou com o auxílio de outro colega, também de 14 anos, que ajudou na fuga. Ambos foram autuados por ato infracional análogo ao homicídio.