Cada vez mais é comum ver casos de celulares roubados no Brasil, mas o destino desses celulares costuma ser incerto. Porém, o Financial Times, jornal londrino, detalhou que esses smartphones vão para a China, em Shenzen, onde são vendidos para serem desmontados, na maioria das vezes. Entenda tudo sobre o processo.
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Conforme a investigação do veículo, os aparelhos chegam até um prédio na rua comercial de eletrônicos Huaqiangbei. Chamado Feiyang Times, o edifício é conhecido por ser o centro de comércio de dispositivos móveis usados de países ocidentais por preços baixos.
No entanto, segundo a reportagem, o quarto andar do prédio é dedicado para a venda ilegal de celulares. No lugar, milhares de iPhones roubados em outras regiões do mundo são vendidos por preços baixíssimos para serem desmontados.
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A ideia do lugar, é que os compradores possam reutilizar tudo do smartphone de segunda mão. Desde a bateria, até a tela, chips e demais componentes internos.
De acordo com a publicação, os iPhones ilegais são vendidos como “iCloud bloqueado”. Os participantes do esquema anunciam os dispositivos em plataformas como WeChat, Facebook e WhatsApp, para atrair potenciais compradores.
Por outro lado, os modelos desbloqueados são vendidos por preços elevados, já que podem ter um uso além do desmonte de peças.
Hong Kong é fundamental para o comércio dos iPhones roubados
Para que toda a operação ilegal seja realizada, a cidade de Hong Kong serve como um intermediário essencial. Segundo o Financial Times, centenas de vendedores de dispositivos usados estão localizados no distrito de Kwun Tong.
Isso acontece porque Hong Kong é popularmente conhecida pelas leis brandas de comércio. Ao comercializar na região, os ladrões evitam taxas de importação e uma fiscalização rigorosa.
Além disso, o local está próximo do prédio Huaqiangbei, onde o aparelho é vendido em Shenzen.
Roubo de smartphones causa prejuízo de bilhões
No último, noticiamos que os celulares roubados entre junho de 2023 e de 2024 causou prejuízo de R$ 22,7 bilhões para as vítimas. Os dados são de uma pesquisa do Datafolha.
O estudo estima que 14,7 milhões de pessoas podem ter sofrido roubos ou furtos de celulares no período, o que equivale em um a cada dez brasileiros.
Desde então, o governo brasileiro trabalha para reduzir o número de casos de iPhones roubados com leis mais duras contra o crime.
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