Presidente da Câmara de Mauá pede licença após denúncia de assédio

São Paulo – O vereador petista Geovane Correa, presidente da Câmara Municipal de Mauá, cidade da Grande São Paulo, pediu afastamento do cargo por 31 dias nesta sexta-feira (1º/3) após uma denúncia de assédio sexual contra ele.

O Ministério Público (MPSP) recebeu a denúncia feita por outro vereador do município, Sargento Simões (PL), que diz que Correa teria enviado fotos íntimas a uma adolescente menor de idade durante uma sessão da Câmara durante o ano de 2021.

A denúncia foi feita por outro vereador, o Sargento Simões (PL), e afirma que Geovane Correa teria enviado fotos íntimas à menor de idade durante uma sessão da Câmara, em 2021.

Em nota divulgada nas redes sociais, Geovane Correa diz que foi alvo de uma “narrativa caluniosa e difamatória”. De acordo com o petista, ele pediu afastamento do cargo para tomar as providências jurídicas necessárias. Ele afirmou ainda teve que o celular hackeado e registrou boletim de ocorrência na época.

O pedido de licença ainda será analisado pela Câmara Municipal, que precisa chancelar a licença. A suplente Cida Maia, também do PT, deve assumir a vaga temporariamente e o vice-presidente Vaguinho do Zaíra, do PSD, assume o comando da mesa diretora.

A Promotoria de Justiça requisitou a instauração do inquérito policial, que tramita na Delegacia Sede de Mauá. Em nota, Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o caso está em sigilo.

Confira a nota completa de Geovane Correa:

“De início, quero agradecer todo o apoio e solidariedade do povo mauaense diante dos ataques e fake news que venho sofrendo nas últimas semanas.

Quero esclarecer que em 2021 o meu celular foi hackeado por criminosos os quais tentaram me extorquir naquela época onde registrei B O, e recentemente divulgaram conteúdo íntimo e pessoal em grupos de internet.

Ocorre que adversários e inimigos políticos sem qualquer tipo de escrúpulo ou caráter utilizaram de tal conteúdo privado para criar uma narrativa caluniosa e difamatória, me imputando falsamente e dolosamente, algo tipificado como crime e que jamais cometeria.

Informo que me licenciarei das minhas atividades por 31 dias para tomar as providências jurídicas pertinentes contra todos aqueles que divulgaram falsamente tais fatos, bem como todos os criminosos que estão se beneficiando dessa mentira.

Minha carreira política é pautada pela lealdade às instituições, moralidade e acima de tudo busca pelo bem-estar social do povo mauaense e tais criminosos, inclusive alguns deles que são políticos e que foram presos em flagrante por roubar dinheiro da merenda, responderão por toda a divulgação criminosa que foi realizada”.

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