Caso Henry: polícia fecha inquérito e diz como mãe matou bebê no DF

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) concluiu que Henry Sousa de Oliveira, de 1 ano e 9 meses, foi morto pela própria mãe, Lucimaria de Sousa Barbosa. Ela confessou ter empurrado a criança com muita força, fazendo com que o bebê batesse a cabeça na parede.

O crime ocorreu em 19 de janeiro na casa do namorado da mãe do menino, em Planaltina.  De acordo com o laudo cadavérico, a criança apresentou traumatismo crânio-encefálico por ação contundente, uma pancada por exemplo.


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Segundo o delegado-chefe da 31ª Delegacia de Polícia (Planaltina), Fabrício Augusto, a mãe nega ter tido a intenção de matar a criança. “Porém, diante das circunstâncias, entendemos que ela assumiu o risco de produzir o resultado quando exagera na força e lesiona a criança e não a socorre imediatamente”.

A prisão de Lucimaria de Sousa Barbosa foi convertida de temporária para preventiva. Ela pode pegar até 30 anos de reclusão.

Dias antes da morte, a criança apresentava marcas roxas abaixo dos olhos. A mãe teria justificado à polícia que se tratava de alergia e que chegou a levar o filho ao Hospital Regional da Asa Norte 10 dias antes da morte da criança.

Dia da morte

No primeiro depoimento, ela alegou que o menino tinha ido dormir na noite anterior sem apresentar nenhuma anormalidade. Por volta das 5h40, ela foi trocar a fralda do menino, mas ele já apresentava pele fria, boca e extremidades arroxeadas e sem batimentos cardíacos.

A mulher ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e foi orientada a fazer massagem cardíaca na criança, mas não teve sucesso. O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) também foi acionado, mas a criança já se encontrava morta.

Padrasto solto

Em 20 de fevereiro, o padrasto de Henry teve a prisão temporária revogada a pedido da PCDF. Wildemar de Carvalho Silva não foi mais apontado como suspeito pela morte do bebê Henry Sousa de Oliveira, de 1 ano e 9 meses.

Na época, a  soltura de Wildemar chocou o pai de Henry Gerson Darlan de Oliveira, 32 anos, que pedia pela condenação do padrasto e da ex-mulher pela morte do filho. “Achei estranho e estou indignado”, disse Gerson.

Gerson foi avisado da morte do filho apenas com uma mensagem da ex-namorada. “Era só a frase ‘Henry morreu’. Fui correndo para o hospital para ver, mas ele já tinha morrido antes mesmo do socorro dos bombeiros”, contou.

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