Caso Richthofen: Cristian Cravinhos pede para voltar ao regime aberto

São Paulo – Condenado a 38 anos de prisão pelo assassinato do casal von Richthofen, Cristian Cravinhos, 48, entrou nessa terça-feira (14/4) com pedido de progressão para voltar ao regime aberto em São Paulo.

Cristian é o irmão mais velho de Daniel Cravinhos, o namorado de Suzane von Richthofen na época do crime, que foi cometido em 2002. Também condenados, Suzane e Daniel já conseguiram o benefício e estão fora das grades.

Por sua vez, Cristian cumpre pena no semiaberto da Penitenciária Doutor José Augusto César Salgado, em Tremembé, no interior de São Paulo, mais conhecida como a “Cadeia dos Famosos”. Ele chegou a deixar a prisão em 2017, mas acabou detido em uma confusão em que tentou subornar um policial no ano seguinte.

No novo pedido de progressão, obtido pelo Metrópoles, a advogada Maieli Luana Rodrigues alega que o preso tem comportamento classificado como “bom”, trabalha na cadeia, sempre voltou das “saidinhas temporárias” e já cumpriu mais de 50% da sua pena.

“O reeducando já cumpriu o tempo suficiente de sua reprimenda em regime semiaberto, o qual, com grande perspicácia lhe serviu como instrumento de reparação de seu caráter, de sua moral, corrigindo sua personalidade e, consequentemente, afastando o desejo de delinquir, e a progressão ao regime mais brando é que se impõe”, registra.


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Suborno

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) ainda se manifestou no processo sobre a progressão de regime. Para de fato ter direito ao benefício, o pedido deve ter o aval da Justiça paulista.

Em 2018, quando Cristian estava fora das grades, policiais militares foram acionados para atender uma ocorrência de desentendimento entre ele e a sua mulher em Sorocaba, no interior paulista.

Ele a teria agredido, mas a vítima não registrou a ocorrência. Por estar descumprindo as regras do regime aberto, pois estava fora da cidade de seu domicílio e em um bar, Cristian tentou subornar os policiais, oferecendo R$ 1 mil em espécie.

Autuado em flagrante, ele seria condenado a mais 4 anos e 8 meses de prisão e voltou para o regime fechado.

Desde então, ele já pediu a remição de 250 dias da sua pena por trabalhar em Tremembé. Nesse período, ele já atuou na horta, capinagem, jardinagem, apoio de manutenção, faxina interna e arremate de roupas.

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