Gripe aviária: cientistas detectam H5N1 em aves de Nova York

Depois que encontraram partículas de vírus da gripe aviária até no leite, os EUA se preocuparam em rastrear a doença onde quer que ela estivesse. Na quarta (15), pesquisadores anunciaram que detectaram a H5N1 em algumas aves selvagens de Nova York.

  • Gripe aviária acende novo alerta após morte de urso-polar
  • H5N1 | Quais os sintomas da gripe aviária em humanos?

Para chegar a essa descoberta — publicada no periódico Journal of Virology — os cientistas norte-americanos coletaram e rastrearam 1.927 amostras entre janeiro de 2022 e novembro de 2023. 

Apesar de tudo, os próprios autores reiteram que isso não sinaliza o início de uma pandemia de gripe aviária em humanos. 


Canaltech no Youtube: notícias, análise de produtos, dicas, cobertura de eventos e muito mais! Assine nosso canal no YouTube, todo dia tem vídeo novo para você!

De qualquer forma, conforme revela o relatório, a H5N1 foi detectada em seis aves urbanas de 4 espécies diferentes:

  • Gansos canadenses (Branta canadensis)
  • Falcões de cauda vermelha (Buteo jamaicensis)
  • Falcões peregrinos (Falco peregrinus)
  • Galinhas (Gallus gallus domesticus)

A análise de sequenciamento também mostrou a presença de múltiplos genótipos diferentes.

“A interface entre animais e humanos que pode dar origem a infecções zoonóticas ou mesmo a pandemias não se limita aos ambientes rurais e às operações comerciais de aves, mas estende-se ao coração dos nossos centros urbanos”, dizem os pesquisadores, no resumo do estudo.

Galinhas e outras três espécies de aves testaram positivo para H5N1 em Nova York (Imagem: tawatchai07/Freepik)

Por hora, as autoridades de saúde dos EUA vêm alertando os moradores se mantenham afastados de quaisquer aves que pareçam estar doentes e reportem se encontrarem aves doentes ou mortas há muito tempo.

Gripe aviária (H5N1) em NY

A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) aponta surtos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em aves domésticas, aves e mamíferos silvestres em diversos países da região das Américas como Argentina, Bolívia, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Peru, Uruguai, Venezuela e, mais recentemente, no Brasil. Em paralelo, amostras de leite já foram contaminadas também.

Existe o risco de casos humanos pela exposição a aves infectadas ou ambientes contaminados, mas é importante ter em mente que o vírus da influenza aviária não infecta humanos com facilidade. Além disso, quando acontece, a transmissão de pessoa para pessoa é muito rara.

Em abril, o CDC confirmou um caso de gripe aviária em humano nos EUA. O paciente, que mora no Texas, foi infectado por HPAI A (H5N1). Ainda assim, o órgão de saúde dos EUA classifica como “baixo” o risco da gripe aviária H5N1 para os moradores do país. 

Gripe aviária no Brasil

No ano passado, o Brasil declarou estado de emergência zoossanitária como  uma estratégia para conter a disseminação da gripe aviária, já que alguns casos chegaram a afetar animais silvestres.

No entanto, o vírus da gripe aviária é transportado ao redor do mundo pelas aves migratórias, e segundo o próprio Ministério da Agricultura e Pecuária na época, os casos são relativamente isolados, e “não impactam a dinâmica do país”. 

Leia a matéria no Canaltech.

Trending no Canaltech:

  • Febre oropouche se espalha no Brasil com mais de 5 mil casos
  • 4 funções do ChatGPT que eram pagas e agora estão de graça
  • Como saber se estou com febre se não tenho termômetro?
  • IA do Google dá dica controversa em demonstração no palco do I/O 2024
  • Meta anuncia fim do Workplace, o ‘Facebook para empresas’
  • 9 coisas novas que chegam ao Android em 2024
Adicionar aos favoritos o Link permanente.