Aos 22, britânico é diagnosticado com demência: “Cérebro de 70 anos”

Aos 22 anos, a vida do britânico Andre Yarham era bastante comum. Ele trabalhava em uma montadora de veículos, gostava de jogar video game com os amigos e assistia luta livre regularmente. Porém, de um dia para o outro, a mãe dele, Sam Fairbairn, percebeu que o filho parou de responder perguntas com frases complexas, e estava com um olhar vazio.

“Ele sempre foi muito conversador, mas chegou ao ponto que eu fazia um questionamento e ele me repetia com três palavras. Andre estava se movendo muito devagar, e quando eu pedia para ele fazer alguma coisa, ele ficava sem espressão e saía andando como se nada tivesse acontecido”, conta a mãe em entrevista ao Daily Mail.

Sam trabalha com pessoas com dificuldade de aprendizado, e levou o filho ao médico para avaliar a situação. O rapaz foi diagnosticado com um grau severo de autismo, mas a mãe sentiu que algo mais de errado estava acontecendo.

Andre passou por uma ressonância magnética e os médicos descobriram que o rapaz tem atrofia no lobo frontal do cérebro, um quadro que acontece normalmente em idosos. “O especialista disse que era como ver o cérebro de uma pessoa de 70 anos, e ele foi diagnosticado com demência precoce“, conta Sam.

Demência precoce

O quadro do jovem piorou muito a partir daí. Ele não consegue mais tomar banho sozinho, pois esquece o que está fazendo no chuveiro, perdeu o emprego e não consegue nem jogar videogame. “Ele liga o Xbox mas não lembra o que deveria fazer depois disso”, explica a mãe de Andre, que precisou largar o emprego para cuidar do filho.

Os médicos ainda estão investigando as causas que levaram Andre a desenvolver demência, mas acreditam que o quadro é irreversível. A família espera conseguir inscrevê-lo em estudos clínicos que, mesmo se não funcionarem, podem ajudar outros jovens no futuro.

“Há pouca chance de eles funcionarem, e fomos informados que meu filho terá uma baixa expectativa de vida. Não sabemos quantos anos, mas queremos aproveitar enquanto podemos”, afirma Sam.

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