Agência Espacial Europeia confirma que satélite reentrou na atmosfera

O satélite ERS-2 já atravessou a atmosfera da Terra. Segundo uma publicação da Agência Espacial Europeia (ESA) no X, o antigo Twitter, a reentrada da espaçonave aconteceu às 14h17, no horário de Brasília. As estimativas publicadas antes sugeriam que o satélite retornaria por volta das 12h41. 

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Na publicação, a ESA destaca que confirmou a reentrada atmosférica do ERS-2 sobre o Pacífico norte, em um ponto entre o Alasca e o Havaí. A agência destaca também que o combustível que restou no satélite foi descartado, como uma forma de diminuir os riscos de que ele se rompesse a uma altitude que fosse perigosa para outros satélites. 

Segundo as coordenadas divulgadas pela agência, a reentrada aconteceu no ponto indicado no mapa abaixo. 

Indicação de onde aconteceu a reentrada do satélite ERS-2 (Imagem: Captura de tela/Google Maps)

Nos últimos dias, o satélite ERS-2 vinha perdendo 10 km de altitude. Nesta quarta-feira (21), quando chegou à altitude crítica de 80 km, o arrasto dos gases atmosféricos em sua estrutura estava tão forte que a espaçonave começou a se romper.

Durante o processo de reentrada, o atrito entre os gases da atmosfera e o satélite devem ter deixado sua estrutura quase totalmente queimada. Se algum fragmento tiver resistido, é provável que tenha caído no oceano. 

“A probabilidade de um pedaço de satélite cair na cabeça de alguém é estimada em uma em um bilhão”, declarou Benjamin Bastida Virgili, engenheiro de sistema de detritos espaciais na ESA.

O satélite ERS-2

Lançado em abril de 1995, o satélite ERS-2 passou 16 anos observando o gelo nos polos da Terra, o aumento no nível dos oceanos e aquecimento das águas. Além disso, o satélite atuou também no monitoramento de desastres naturais.

A ESA descreve que o ERS-2 “retornou informações valiosas, que revolucionaram nossa perspectiva do nosso planeta e das mudanças climáticas”. Foi em 2011 que a agência decidiu aposentá-lo, como consequência da preocupação crescente com o lixo espacial e seus riscos para as atividades em órbita.

Leia a matéria no Canaltech.

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