Durante participação no progaram Surubaum, Fiuk gerou polêmica ao afirmar que, em um contexto de sexo grupal, já teve experiências sexuais com homens. Contudo, o cantor garantiu que é heterossexual, e que, se não fosse, não acharia isso um problema.
Mas fica a dúvida: é possível ser hétero mesmo tendo experiências sexuais com pessoas do mesmo sexo?
A máxima faz sentido para pessoas que têm o sexo como instrumento de profissão – a exemplo de atores e atrizes pornô, e garotos e garotas de programa que, independentemente da orientação sexual, atendem profissionalmente ambos os gêneros. Será que o mesmo vale para a vida pessoal?
De acordo com a sexóloga Tâmara Dias, é possível, sim. Contudo, a questão ainda vai além. “Atração sexual e prazer não definem orientação sexual. Posso apenas sentir desejo, chegar à fase da excitação, ter orgasmos, mas isso será apenas momentâneo ou situacional, caso não tenha afeto envolvido”, explica.
Em outras palavras, nem a atração sexual sozinha definiria alguém como gay. Segundo a especialista, a homossexualidade é definida por afeto. “Isso acontece se você é capaz de querer além do sexo, sente afeto e estima outra pessoa do mesmo sexo como companheira”, aponta.

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O sexo é um dos pilares para uma vida saudável, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS)
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Uma vida sexual ativa e saudável tem impacto direto no bem-estar
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O prazer e o orgasmo liberam hormônios responsáveis pela diminuição do estresse e pela melhora do sono
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É possível manter a sexualidade ativa e saudável até a terceira idade
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No sexo, tudo é liberado desde que com total consentimento de todos os envolvidos e segurança
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A sexóloga ressalta que a atração sexual também está incluída no “ser ou não ser” da homossexualidade, mas que não anda sozinha. Logo, é importante lembrar que a orientação sexual está diretamente ligada à afetividade.
“Gostar de transar com pessoas do mesmo sexo e não sentir afeto é apenas uma prática sexual. É a mesma coisa de gostar de sexo anal ou oral, são práticas que dão prazer momentâneo”, diz Tâmara.
Para finalizar, a profissional aponta a dificuldade que as pessoas têm em entender e lidar com a própria sexualidade, a necessidade de seguir padrões e manter o que é tido por alguns como “normal”. “Muitas vezes, deixamos de nos permitir por mitos e tabus, mas quando rompemos essa barreira acabamos por descobrir um mundo de possibilidades”, garante.