Nesta terça (14), o Sol lançou uma explosão de classe X, categoria dos eventos mais intensos. O fenômeno chegou ao auge às 3h40 no horário de Brasília e causou blecautes de rádio na parte da Terra que estava iluminada naquele momento.
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Além da intensidade, o que torna esta explosão interessante é que ela ocorreu na mancha solar AR 3784, formação que vem chamando a atenção dos cientistas solares. É que ela quebra a chamada Lei de Hale, uma regra empírica que determina como deve ser a polarização nas regiões ativas do Sol.
De forma resumida, a lei descreve que as regiões ativas nos mesmos hemisférios do Sol têm que ter a mesma polaridade principal magnética; já nos hemisférios opostos, a polaridade principal deve ser oposta. No caso, a mancha AR 3784 apresenta polarização diferente daquela indicada pela Lei, como se tivesse girado 90º.
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Abaixo, você confere imagens da explosão capturadas pelo observatório Solar Dynamics, da NASA:
The Sun emitted a strong solar flare on Aug. 14, 2024, peaking at 2:40 a.m. ET. NASA’s Solar Dynamics Observatory captured an image of the event, which was classified as X1.1. https://t.co/23W6ZLBqoC pic.twitter.com/XlYky4sJor
— NASA Sun & Space (@NASASun) August 14, 2024
Explosões solares como esta são erupções que ocorrem na superfície do Sol e liberam imensas quantidades de radiação. Elas acontecem quando a energia magnética acumulada na atmosfera solar é liberada de uma só vez, e podem vir acompanhadas por ejeções de massa coronal (CME).
As explosões são classificadas em categorias de acordo com sua intensidade: as da classe X são as mais fortes, e as da A, mais fracas. O evento desta terça (14) foi da classe X (forte), e a radiação emitida afetou as comunicações de rádio na Ásia e no oceano Índico.
Ainda não está claro se houve uma ejeção de massa coronal junto com a erupção. Se houver uma CME, então íons estão viajando a caminho do nosso planeta e vão colidir com a magnetosfera terrestre, causando uma tempestade geomagnética e, com sorte, auroras boreais.
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