Caminhada: estudo diz quantos passos dar para evitar doença cardíaca

A caminhada é um dos exercícios mais democráticos existentes: basta um par de tênis para começar. Andar pode parecer simples, mas envolve uma série de músculos, incluindo o cardíaco, além de impactar a capacidade respiratória. Mas quantos passos são necessários para conseguir os benefícios da atividade?

Vários estudos tentam responder esta pergunta. Um levantamento de agosto de 2023, por exemplo, aconselhava cerca de 11 mil passos por dia para reduzir em até 80% as chances de morte em comparação com indivíduos sedentários.

Entretanto, a quantidade de passos varia conforme idade e gênero. Para evitar problemas cardíacos, uma pesquisa recente mostrou um número mais preciso especificamente para mulheres com mais de 60 anos.

A resposta da Universidade de Buffalo, nos EUA, foi publicada na revista científica JAMA Cardiology nessa quarta-feira (21/2). A análise feita com quase 6 mil mulheres norte-americanas com idades entre 63 e 99 anos revelou que com apenas 3,6 mil passos por dia, em média, já se reduzia o risco de insuficiência cardíaca em 26%.

Outra medida de controle da atividade é o tempo: o esforço dá resultados para preservar a saúde do coração das mulheres em cerca de 70 minutos de exercício leve ou em 30 minutos de caminhada com velocidade moderada.

“Andar cerca de 3 mil passos por dia pode ser uma meta razoável para mulheres idosas e é capaz de reduzir o risco da insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEP), muito associada ao envelhecimento”, explica o epidemiologista Michael J. LaMonte, principal autor do estudo, ao site da universidade.

Saúde do coração

A ICFEP é mais comum em mulheres idosas, especialmente naquelas que tenham outros quadros de saúde como obesidade, pressão alta, diabetes, insuficiência renal e fibrilação atrial.

O pesquisador ressalta a importância do estudo por ser o primeiro a mostrar o impacto da caminhada na saúde de mulheres para evitar a insuficiência cardíaca. A maioria dos estudos compara dados de mortalidade, não de risco de doenças.

“A insuficiência cardíaca é muito comum em mulheres idosas e temos poucas opções de tratamento estabelecidas, o que torna a prevenção primária ainda mais importante. O potencial das atividades de vida diária de intensidade leve que encontramos pode estimular todos a praticar mais exercícios”, acrescenta LaMonte.

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