Meteorito formou sozinho bilhões de crateras em Marte

Há alguns milhões de anos, um meteorito pequeno caiu em Marte e não formou só uma cratera, mas sim bilhões delas. O surgimento dela foi analisado por Matthew Golombek, do Laboratório de Propulsão a Jato, da NASA.

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A principal cratera formada pelo impacto do meteorito é Corinto, com pouco menos de 14 km de extensão. No estudo, Golombek e seus colegas usaram imagens de espaçonaves orbitando Marte para estimar quantas crateras secundárias poderiam ter surgido após a formação de Corinto, há 2,3 milhões de anos.

Eles descobriram que Corinto tem de 1,3 bilhões a 3 bilhões de crateras secundárias, a maior quantidade já vista em Marte, e cada uma mede pelo menos 10 metros de extensão. As crateras cobrem uma área de 1,4 milhões de quilômetros quadrados, que inclui também a região onde a sonda InSight, da NASA, pousou e operou por quatro anos.  


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“Selfie” da sonda InSight (Imagem: Reprodução/NASA/JPL-Caltech)

“Quantificar o número de crateras secundárias é importante para entendermos melhor como uma cratera relativamente pequena pode ejetar tanto material durante a formação”, explicou. Segundo os autores, o surgimento das crateras secundárias depende muito da geologia da área atingida, bem como das propriedades do objeto.

Quando um meteorito cai, ele libera uma grande pluma de rochas no ar; estas, por sua vez, formam outras crateras menores depois de cair no solo. Este processo é comum em mundos com atmosferas finas, como Marte.

Já no caso da Terra, a atividade geológica destrói as evidências de sua ocorrência. Assim, estas estruturas pode ajudar os cientistas a entender melhor a composição de Marte e como diferentes materiais reagem aos impactos de rochas espaciais.  

As descobertas foram apresentadas durante a 55ª Conferência de Ciência Lunar e Planetária.

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