Caso Diddy: acusações contra o rapper envolvem tráfico sexual, extorsão e óleo de bebê

O rapper e magnata da música Sean Combs, mais conhecido como Diddy, tem sido uma figura central na cena do hip-hop por décadas. Recentemente, o rapper se viu envolvido em polêmicas, e a carreira sendo marcada por uma série de acusações. Diddy foi preso na última segunda-feira (16). O rapper e empresário, que já acumulou prêmios e respeito no cenário musical, agora se vê no centro de um escândalo que abalou sua carreira e repercutiu na mídia global.

Acusações contra Diddy

Diddy foi preso após uma longa investigação que revelou supostos crimes envolvendo tráfico sexual, extorsão e coerção, entre outras acusações. Segundo as autoridades, o artista teria usado de sua influência, combinada com drogas e álcool, para forçar vítimas a se envolverem em atos sexuais sob ameaças de violência.

Os promotores descreveram Diddy como um “predador sexual violento”, acusando-o de submeter mulheres a longas sessões de abuso físico e psicológico.

Entre os detalhes mais perturbadores está a alegação de que ele teria promovido festas sexuais, onde as vítimas eram frequentemente drogadas e forçadas a participar de atos sexuais. Além disso, há indícios de que essas sessões teriam sido filmadas para controle e intimidação das vítimas.

Histórico conturbado

O escândalo começou com uma denúncia de sua ex-namorada, Cassandra Ventura, conhecida como Cassie. Em 2023, cantora acusou Sean Diddy de drogá-la e submetê-la a coerção física por mais de uma década.

Um vídeo divulgado em maio, registrado pela câmera de segurança de um hotel em 2016, mostra o músico agredindo a então namorada e arrastando-a pelo cabelo, para impedir que ela fugisse do quarto.

O caso foi resolvido com um acordo fora do tribunal, mas outras denúncias contra o rapper começaram a surgir. Em dezembro do ano passado, uma mulher alegou que foi vítima de um estupro coletivo aos 17 com a participação dele.

Rapper alega inocência

Sean Diddy se declarou inocente perante o tribunal. Na quarta-feira (18), o juiz Andrew Carter negou a proposta de fiança de US$ 50 milhões, cerca de R$ 275 milhões. A próxima audiência deve ocorrer até esta terça-feira (24) e o empresário continuará preso enquanto aguarda o julgamento, ainda sem data.

Ele está detido em uma cela especial, sob vigilância por risco de suicídio. A imprensa internacional especula que, se considerado culpado das acusações, o rapper pode pegar prisão perpétua.

Artistas comentam acusações

As acusações tem gerado uma série de repercussões entre as celebridades da indústria da música.

50 Cent já tem uma rivalidade com o rapper há tempos, e não deixou de comentar sobre a prisão e as denúncias nas redes sociais.

Entre os detalhes divulgados pelo FBI estão que buscas nas casas de Combs em Miami e Los Angeles levaram os policiais a apreenderem “mais de 1.000 frascos de óleo de bebê e lubrificante”.

Cent zombou de Sean com uma mensagem nas redes sociais. “Aqui estou eu em boa companhia com @thedrewbarrymoreshow e não tenho 1.000 frascos de lubrificante em casa.”

 

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Sean, inclusive, será  o tema de uma nova série documental criada pelo rival musical. A produção está sendo feita pela Netflix, e a série é intitulada como “Diddy Do It”.

Kesha, que ficou famosa pela música “Tik Tok”, em que cita Diddy, mudou a letra da canção e inseriu uma crítica ao rapper.

A nova versão foi lançada por ela durante o Coachella, no começo deste ano. A cantora planeja regravar o sucesso de 2015.

Na música original o trecho fala: “Wake up in the morning feeling like P. Diddy” — “Acordei de manhã me sentindo como P. Diddy”.

A nova versão ficaria: “Wake up in the morning like f*ck P. Diddy” — “Acordei de manhã, tipo, fod*-se o P. Diddy”.

@tomasmier

Renee Rapp and Kesha at Coachella had a special message for Diddy #kesha #coachella #coachella2024 #reneerapp #tiktokkesha @Kesha @reneé

♬ original sound – tomás mier

Quem é o Sean Diddy?

Sean John Combs nasceu no bairro Harlem, em Nova York, em 1969. “Diddy”, como é chamado, ingressou na indústria musical no cargo de estagiário da gravadora Uptown Records, aos 21 anos.

Após ser demitido, ele fundou sua própria gravadora Bad Boy Records em 1993. Sean Diddy deve sua fortuna aos empreendimentos no setor de bebidas alcoólicas, além de ser dono de uma produtora de filmes, duas linhas de roupa e uma rede de restaurantes.

Como rapper, alcançou a fama em 1996 com o sucesso do single “Can’t Nobody Hold Me Down”. Em 2007, Diddy lançou a música “Last Night”, um dos seus principais sucessos.

Ele já colaborou com artistas como Beyoncé, Mariah Carey, Drake, Usher, The Notorious B.I.G e Mary J. Blige.