Popularmente conhecido como “beijo francês”, o beijo de língua é um dos queridinhos entre os brasileiros. O que muita gente não sabe, porém, é que a frequência com que as pessoas se beijam pode estar relacionada à desigualdade social do país.
Um estudo de 2020 da Abertay University, no Reino Unido, entrevistou 2.300 pessoas de 13 países diferentes, estando eles distribuídos em seis continentes. Foram feitas perguntas como a frequência com que beijavam seus parceiros e a importância que davam para o ato.
O resultado foi que as pessoas que viviam em países com mais desigualdade social beijavam seus parceiros com mais frequência.
“O beijo francês já foi demonstrado por outras pessoas como relacionado à qualidade de um relacionamento romântico , e nossos dados sugerem que fazemos isso mais em ambientes onde temos menos a quem recorrer, onde um gesto que mostre compromisso com um relacionamento seria de maior valor”, afirmou o médico Christopher Watkins, um dos pesquisadores à frente do estudo.
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Por conta da desigualdade social (que é muita) ou não, o fato é que, no Brasil, o beijo de língua é o preferido entre os casais.
De acordo com um levantamento feito pelo Ysos, 95,4% dos brasileiros consideram o beijo uma parte fundamental do sexo, enquanto 4,6% se divide entre os que consideram que ele não faz falta e os que não o acham importante.
Segundo o psicólogo especialista em relacionamentos Alexander Bez, o beijo endossa uma relação que começou antes mesmo que ele ocorresse. “O beijo promove um ‘aconchego emocional’. Logo, quem não beija perde a chance de obter esse conforto tão gratificante para qualquer relação”, explica.
Mesmo sem o contexto sexual, o especialista afirma que o beijo não deve ser esquecido com o tempo de relação, uma vez que ele tem o poder não só de fazer a manutenção do relacionamento, mas também de salvá-lo em determinados casos.
“Não é possível sobreviver sem esse ingrediente que, muitas vezes, sofre um desprezo ou um significativo decréscimo. Alguns casais deixam de se beijar até mesmo ao sair ou entrar em casa. Essa atitude mostra a falta de afeto e, consequentemente, de atração física”, afirma.