Facebook lidera ganhos com campanhas eleitorais no Brasil

Brasília – A Facebook Serviços Online do Brasil, empresa de propriedade de Mark Zuckerberg, lidera o ranking de recebimentos de campanhas eleitorais no Brasil, acumulando mais de R$ 76 milhões nas eleições municipais de 2024. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a plataforma se beneficiou da regulamentação que permite o impulsionamento de conteúdos nas redes sociais, em um cenário que gerou concentração de recursos em grandes empresas estrangeiras.


Resumo da Notícia:

  • Facebook lidera receitas eleitorais: A empresa foi a que mais arrecadou nas campanhas municipais de 2024, com mais de R$ 76 milhões.
  • Regulamentação da propaganda digital: A Resolução nº 23.732/2024 do TSE proíbe propaganda paga na internet, exceto para conteúdos impulsionados.
  • Concentração em big techs: Especialistas criticam a concentração de recursos em grandes plataformas digitais, como Facebook e Google, em detrimento de empresas nacionais.

Facebook lidera arrecadação nas eleições municipais

A Facebook Serviços Online do Brasil foi a empresa que mais arrecadou recursos nas campanhas eleitorais deste ano, segundo informações divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A empresa de Mark Zuckerberg acumulou mais de R$ 76 milhões em receitas das campanhas para as eleições municipais de 2024. Esse montante foi impulsionado pela regulamentação que permite o impulsionamento de conteúdos em redes sociais, tornando as plataformas digitais os principais veículos de propaganda eleitoral online.

Concentração de recursos e desafios de regulação

A especialista Renata Mielli, coordenadora do Comitê Gestor da Internet (CGI), destacou que a medida adotada pelo TSE gerou uma concentração dos recursos de campanha em poucas plataformas estrangeiras, como Facebook e Google. Ela ressaltou a necessidade de uma regulação mais ampla para que o ambiente digital não se torne um “território sem lei”, especialmente no que diz respeito à transparência e controle sobre os anúncios impulsionados.

Mielli também questionou a falta de fiscalização sobre a entrega do conteúdo contratado. “Quem controla se o conteúdo impulsionado está realmente sendo entregue ao público certo? Não temos transparência nesse processo”, argumenta.

Críticas ao modelo de regulação eleitoral

Outro ponto de crítica levantado por Mielli é o modelo de regulação adotado pela Justiça Eleitoral, que favorece grandes corporações digitais estrangeiras em detrimento das plataformas nacionais. A especialista questiona por que jornais e portais brasileiros não podem também receber publicidade eleitoral, enquanto as big techs concentram a maior parte dos recursos.

Na campanha municipal de 2024, os partidos políticos tiveram à disposição R$ 4,9 bilhões do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), além de recursos próprios e doações, totalizando quase R$ 6 bilhões.


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Perguntas Frequentes sobre o lucro do Facebook nas eleições

Por que o Facebook lidera os ganhos com campanhas eleitorais no Brasil?

A plataforma se beneficia da regulamentação que permite o impulsionamento de conteúdos, concentrando grande parte dos recursos de propaganda digital.

O que diz a regulamentação do TSE sobre propaganda digital?

A Resolução nº 23.732/2024 proíbe a propaganda paga na internet, exceto o impulsionamento de conteúdos nas redes sociais.

Por que há críticas à concentração de recursos em big techs?

Especialistas apontam que a concentração de recursos em empresas estrangeiras como Facebook e Google desfavorece veículos de mídia nacionais e questionam a falta de transparência sobre a entrega dos anúncios impulsionados.


Com informações do Brasil de Fato.


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