Moradores de SP recebem alerta de terremoto no celular: “Perdi o sono”

São Paulo — Moradores de São Paulo e do Rio de Janeiro receberam na madrugada desta sexta-feira (14/2) um alerta do Google para um terremoto com epicentro a 55 quilômetros de Ubatuba, no litoral do estado paulista. O alerta, enviado por volta de 2h20 para celulares com sistema operacional Android, indicou as magnitudes estimadas de 4,4 e 5,5.

Ainda nesta madrugada, a Defesa Civil do Estado de São Paulo esclareceu que não emitiu nenhum alerta de tremor.

Em nota, o órgão afirmou que contatou o Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP), que garantiu que não foi registrado nenhum abalo sísmico no estado de São Paulo.

A Defesa Civil ainda informou que não houve nenhuma ocorrência registrada ou em atendimento em decorrência de algum tremor pelas equipes das Defesas Civis municipais.

Nas redes sociais, pessoas que receberam o alerta descreveram como foi a experiência. “Estou desde 2 e pouca [da manhã] sem dormir! Agora são 5:33 e perdi o sono após esse alerta aí”, escreveu um internauta.

“[Recebi em] São Vicente, eu que estou do lado do mar, não durmo mais”, escreveu uma mulher que mora na cidade do litoral paulista. “Agora eu aqui nesse horário, quase 3 da manhã, com ansiedade aguardando se vai acontecer ou não o terremoto”, comentou outro usuário das redes.

Na página oficial do mecanismo do Google, a empresa explica que o “Sistema de Alertas de Terremotos do Android” detecta terremotos ao redor do mundo e pode alertar os usuários do Android antes que o tremor comece.


Veja como funciona o sistema de alertas de terremoto do Google:

  • O Google usa uma abordagem de crowdsourcing (colaboração em massa) para detectar abalos sísmicos.
  • Todos os smartphones contêm acelerômetros minúsculos que podem perceber vibrações, o que indica que um terremoto pode estar ocorrendo.
  • Se o telefone detectar algo que acha que pode ser um terremoto, ele envia um sinal para o servidor do Google de detecção de terremotos, juntamente com uma localização aproximada de onde ocorreu o tremor.
  • O servidor então combina informações de vários telefones para determinar se um terremoto está acontecendo. Essa abordagem usa os mais de 2 bilhões de smartphones Android em uso ao redor do mundo como mini-sismômetros para criar a maior rede de detecção de tremores do mundo.
  • Os telefones detectam a vibração e a velocidade do tremor de um terremoto e alertam os usuários do Android nas áreas afetadas de acordo.

O Metrópoles procurou o Google para um posicionamento, mas não obteve retorno.

 

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