Fake? Fotógrafo conta como fez foto da Lua “tocando” casas na Rocinha

A imagem é impressionante. Do alto do morro repleto de casas de todos os tamanhos e cores, a Lua “reinou” tão bela e imponente quanto o Sol – o Astro Rei – ao nascer por trás da Rocinha, comunidade da Zona Sul do Rio de Janeiro.

O registro, feito pelo fotógrafo Bruno Dulcetti, circulou por sites e redes sociais desde o dia do clique, na segunda-feira (10/2) e há quem diga (muitas pessoas inclusive) que a fotografia se tratasse até de imagem produzida por Inteligência Artificial (IA).

7 imagens

Superlua cheia nos braços do Cristo Redentor

Bruno Dulcetti dedica trabalho a mostrar as belezas do Rio de Janeiro
Lua Cheia no Arpoador
Bruno Dulcetti mora no Rio de Janeiro
Bruno Dulcetti é especializado em fotos do tipo
1 de 7

A fotografia da Lua tocando as casas na Rocinha viralizou

Bruno Dulcetti

2 de 7

Superlua cheia nos braços do Cristo Redentor

Bruno Dulcetti

3 de 7

Bruno Dulcetti dedica trabalho a mostrar as belezas do Rio de Janeiro

Bruno Dulcetti

4 de 7

Lua Cheia no Arpoador

Bruno Dulcetti

5 de 7

Bruno Dulcetti mora no Rio de Janeiro

Bruno Dulcetti

6 de 7

Bruno Dulcetti é especializado em fotos do tipo

Bruno Dulcetti

7 de 7

Bruno Dulcetti é fotógrafo

Bruno Dulcetti

Em entrevista ao Metrópoles, Dulcetti falou um pouco sobre o processo de produção desta foto incrível, que há muito tempo ele tentava fazer. “Tem quatro anos que eu tento fazer esta foto. É uma foto muito desejada porque, para pegar a Rocinha, é muito difícil no claro. Nos anos anteriores sempre entrava uma névoa ou eu estava viajando. E só em duas vezes no ano que ela passa lá na claridade então eu sabia que na segunda era o dia”, explicou.

Entenda

    • O fotógrafo Bruno Dulcetti fez o clique da Lua “tocando” as casas da Rocinha nessa segunda-feira (10/2).
    • Clique foi feito pouco antes do anoitecer, quando a lua crescente atingiu 93% de sua plenitude.
  • A imagem de Bruno Dulcetti rodou a internet e muita gente achou que era imagem gerada por IA.
  • Bruno Dulcetti tentava realizar este clique há 4 anos.
  • O profissional foi o autor da imagem que rodou o mundo no ano passado, que exibia uma superlua nos braços do Cristo Redentor.

A sequência foi iniciada pouco antes do anoitecer, quando a lua crescente atingiu 93% de sua plenitude, formando a imensa esfera luminosa que parece tocar as residências da comunidade. “Mesmo não sendo a Lua total cheia, eu sabia que segunda seria o melhor dia, porque ela nascia às 5h e passaria na Rocinha mais ou menos às 5h30, 5h32.”

Para saber o local exato para tirar a fotografia, o fotógrafo ressaltou que usou um aplicativo para se posicionar. “Eu fiz a primeira foto quando ela apareceu e tinha um pouco de névoa. Quando eu estava indo embora perto da passarela, onde tem a Acadêmicos da Rocinha, quando eu fui me aproximando da Rocinha, a lua cresceu. Depois, quando eu cheguei com o carro, ela tava gigante e tava mais forte porque quanto mais alta, mais forte ela fica. E aí já não tinha mais névoa, porque a luz (do satélite natural) estava atravessando a névoa. E foi aí que eu consegui fazer a foto perfeita”, contou.

A imagem de Bruno Dulcetti rodou a internet e causou um misto de emoções e curiosidade nas pessoas. Há quem admirou e elogiou o trabalho de Bruno, mas a publicação no Instagram virou um “campo de guerra” por conta de comentários de pessoas incrédulas sobre a originalidade do clique, comentando que se tratava de imagem gerada por IA.

“Muitos falando que é fake, porque não viram o vídeo que eu fiz. Mas, faz parte. E, na verdade, é bom porque repercute, as pessoas comentam, aumenta o engajamento (da publicação) e isso acaba trazendo mais pessoas, mais curtidas”, comemorou.

Fotos da Lua

Bruno inclusive é especialista nesse tipo de fotografia. O profissional foi o autor da imagem que rodou o mundo no ano passado, que exibia uma superlua nos braços do Cristo Redentor.

A foto, também de tirar o fôlego, foi feita em 20 de agosto de 2024, da Urca, na Zona Sul do Rio de Janeiro, quando o satélite já estava se pondo no céu. E não havia sido uma superlua qualquer: foi uma azul — super porque ela estava no perigeu, mais próxima da Terra, e azul porque foi a segunda do mês. No Brasil, aliás, muita gente viu o satélite alaranjado.

 

 

Ver essa foto no Instagram

 

Uma publicação compartilhada por Bruno Dulcetti (@dul7art)

Adicionar aos favoritos o Link permanente.