Os principais índices das bolsas de valores da Ásia encerraram o pregão desta segunda-feira (12/5) em alta, com uma reação positiva do mercado ao anúncio de um acordo entre Estados e China e China pela redução das tarifas comerciais aplicadas de parte a parte.
O que aconteceu
- Em Tóquio, o índice Nikkei terminou o dia com ganhos de 0,38%, aos 37,6 mil pontos.
- Na Bolsa de Seul, o índice Kospi fechou em alta de 1,17%, aos 2,6 mil pontos.
- Em Hong Kong, o Hang Seng disparou 2,98%, aos 23,5 mil pontos.
- Na China continental, o índice Xangai Composto avançou 0,82%, aos 3,3 mil pontos.
EUA e China anunciam acordo
EUA e China concordaram em reduzir substancialmente as tarifas sobre os produtos um do outro por 90 dias, após as negociações desse fim de semana. Em Genebra, na Suíça, o secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, afirmou que “ambos os lados reduzirão suas tarifas em 115%”, tendo concordado com uma pausa de 90 dias na guerra comercial.
Isso representa redução significativa nesta disputa comercial que eclodiu no mês passado, provocada pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
Os EUA aumentaram sua tarifa sobre produtos importados da China para 145% – incluindo a tarifa de 20% adicionada para combater as importações de fentanil –, com Pequim retaliando com tarifas de 125% sobre as importações norte-americanas.
Bessent disse a repórteres que “ambos os lados demonstraram grande respeito” durante as negociações e que “ambos temos interesse em um comércio equilibrado”.
O embaixador comercial dos EUA, Jamieson Greer, também explicou por que o governo Trump estava determinado a reformular o comércio global.
Greer afirma que os EUA passaram décadas na Organização Mundial do Comércio (OMC) realizando negociações multilaterais e bilaterais, tentando fazer com que outros países reduzissem suas tarifas e barreiras não tarifárias e concordassem com um comércio mais recíproco com os EUA.
“A promessa da OMC e do sistema multilateral é que as tarifas de todos seriam reduzidas”, mas “acontece que os EUA reduziram significativamente”, disse Greer a repórteres em Genebra.
Segundo ele, havia outras economias que também tinham tarifas baixas, mas mantinham barreiras não tarifárias muito altas. “Nos esforçamos muito para trabalhar dentro do sistema. E o resultado líquido é o déficit de US$ 1,2 trilhão em bens; o resultado líquido é que a produção foi para a China, o Leste Asiático, o México etc.”, ressaltou.
“Dessa forma, não é realista sugerir que os EUA deveriam simplesmente ter continuado a negociar”, acrescentou.