Dia dos Namorados: chefe da Urologia do Hran ensina como usar “tadala”

Casais se prepararam para comemorar mais um Dia dos Namorados nesta quinta-feira (12/6). Para garantir boas experiências no calor da intimidade, muitos homens recorrem a remédios para disfunção erétil, como a tadalafila (foto em destaque).

Para evitar possíveis complicações, o chefe da Urologia e Andrologia do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), Paulo Roberto de Assis, ressalta que o uso da tadalafila deve ser precedido de uma avaliação médica completa, incluindo, em alguns casos, análise cardíaca. “Não podemos esquecer que o sexo é uma atividade física. É preciso estar bem de saúde.”

Ele ressalta, ainda, o risco do uso desnecessário da medicação. “Um jovem que toma tadalafila sem precisar não vai, necessariamente, desenvolver disfunção erétil a longo prazo. Porém, além de estar sujeito aos efeitos colaterais, pode desenvolver uma dependência psicológica da medicação, acreditando ser capaz de realizar o ato sexual apenas se tomá-la”, explicou.

Diversos fatores podem influenciar na queda do desempenho sexual ou até mesmo em disfunção erétil e ejaculação precoce. Como exemplos, estão estresse, mau condicionamento físico, ansiedade, questões psicológicas, diabetes, hipertensão e uso de álcool, cigarro ou outras drogas.

“O órgão sexual mais importante do ser humano é o cérebro”, afirmou Assis. Segundo o médico, o uso de fármacos desse tipo precisa ser pensado caso a caso, avaliando os aspectos da vida sexual do paciente.  A própria bula alerta: o medicamento não é indicado para homens que não estejam com disfunção erétil.

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Barreira

Pela experiência do especialista, a maior barreira seria a psicológica. “Muitos homens têm vergonha ou medo de procurarem assistência. Mas a minha principal recomendação é: caso isso esteja interferindo na sua vida particular, se for um problema, você deve procurar um médico.”

Comparações com outros homens, busca de informações não qualificadas e o consumo desenfreado de pornografia são capazes de afastar o público masculino da assistência médica.

A “solução mágica” seria, de acordo com Assis, a escolha principal. “Em alguns casos, o mais indicado seria um tratamento psicológico e não fisiológico”, pontuou.

UBS

Na rede pública, questões de saúde sexual e planejamento reprodutivo podem ser tratadas na rede de Unidades Básicas de Saúde. A equipe de Saúde da Família pode fazer a prescrição do medicamento contra a impotência.

Porém, se necessário, é feito o encaminhamento aos profissionais de urologia lotados nas policlínicas.

Explosão de consumo

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a venda da tadalafila saltou de 21,4 milhões para 64,7 milhões de unidades no Brasil, entre 2020 e 2024.

Contudo, apesar de seguros e com poucas contraindicações, seu uso precisa ser adotado com cuidado, sempre sob avaliação médica.

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