Greve: vigilantes da Saúde do DF iniciam 2ª feira de braços cruzados

Cerca de 1,9 mil vigilantes que atuam na rede pública de saúde do Distrito Federal iniciaram uma paralisação por volta das 7h desta segunda-feira (12/3), devido a atrasos no pagamento de salários. A greve foi anunciada pelo sindicato responsável pela categoria.

No sábado (10/3), o Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10) havia determinado a suspensão da greve dos funcionários. No entanto, o Sindicato dos Vigilantes do Distrito Federal (Sindesv-DF) informou que não foi notificado da decisão; assim, manteve a paralisação.

A categoria decidiu parar as atividades devido a atrasos nos pagamentos de salários, vale-alimentação e férias.

O sindicato informou que as empresas Ipanema e Aval ainda não pagaram os trabalhadores. O deputado distrital Chico Vigilante (PT) chegou a participar de uma reunião na Secretaria de Saúde (SES-DF), na última quinta-feira (7/3), mas não houve acordo.

Além disso, as empresas não teriam dado explicações aos contratados, segundo o parlamentar. “Que vergonha para essas duas empresas. Mais vez não pagaram os trabalhadores. Será uma paralisação geral”, comentou.

Impacto

O sindicato detalhou que a greve atinge o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), o Hospital de Apoio, além de unidades básicas de saúde (UBSs) e de hospitais em Brazlândia, em Ceilândia, no Guará, em Planaltina, em Taguatinga e em Samambaia.

Até a publicação desta reportagem, a categoria não havia recebido salários, vale-alimentação nem pagamento de férias, segundo o Sindesv-DF.

O vencimento básico dos profissionais é de R$ 3,5 mil – inclusa a cobertura por risco de vida –, com pagamento de adicional noturno quando é o caso. Já o valor do tíquete-refeição é de, aproximadamente, R$ 700 por mês.

Decisão do TRT

A decisão liminar de suspender a greve partiu do presidente da Corte, desembargador Alexandre Nery de Oliveira, que atendeu a pedido do Governo do Distrito Federal (GDF).

Com a decisão descumprida, os vigilantes podem ser multados em R$ 10 mil por hora não trabalhada. A Justiça considerou a paralisação abusiva, pela falta de aviso e por não terem se esgotados os meios de negociação possíveis, segundo o desembargador.

Além disso, o magistrado acolheu a argumentação do GDF de que a greve não seria permitida por afetar um serviço público essencial – no caso, a saúde.

Metrópoles tentou contato com as empresas Ipanema e a Aval, para tratar das denúncias sobre os atrasos, mas não teve retorno até a mais recente atualização desta reportagem. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.

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