Alguns animais de estimação podem causar uma baita “dor de cabeça” quando deixados sem supervisão em casa. Os riscos variam entre pequenas travessuras e destruição de sapatos até acidentes domésticos, nos piores casos. Entre os mais temidos estão os choques elétricos.
Segundo especialistas ouvidos pelo Metrópoles, além dos bebês, os pets também correm o risco de mexer no lugar errado e acabar em problemas. Tainã Braúna, especialista em clínica médica de pequenos animais e coordenador clínico de terapia intensiva do Hospital Veterinário Starvet, detalha que as lesões, como queimaduras e convulsões, podem ser consequências desses choques.
Mas, afinal, como evitar que cães e gatos provoquem incidentes e acabem se machucando? Confira algumas dicas!
Organizar fios e cabos elétricos
Braúna indica manter os itens juntos, ou até mesmo escondidos com canaletas, protetores ou fitas adesivas, que manterão os fios fora do alcance dos cachorros, diminuindo o risco nocivo dos objetos.
Desconectar carregadores e outros dispositivos
Quando fora de uso, o ideal é manter os aparelhos desconectados. “Os cabos são realmente tentadores para os cães”, pontua o veterinário.
Proteger as tomadas
“Selar” as tomadas não apenas funciona para as crianças, como funciona para os cães. De acordo com o médico veterinário Marcelo Henrique de Paiva, os protetores de tomadas auxiliam nessa prevenção.
Limitar área de circulação
A adição de cercas é uma possibilidade a ser considerada. “Evitaria que o animal se aproxime das área de fiação”, sugere Paiva.
O que fazer em caso de choques elétricos?
Quando o choque elétrico já ocorreu, algumas medidas emergenciais devem ser tomadas. “A primeira é desligar imediatamente a energia da casa e jamais tocar no animal diretamente com as mãos”, adverte Braúna, uma vez que é preciso evitar que se receba um choque junto ao pet. Dessa forma, o indicado pelo profissional é que seja utilizado um objeto não condutor de eletricidade, a exemplo de um pedaço de madeira ou toalha seca.
Em seguida, é importante avaliar rapidamente os sinais vitais do animal doméstico. Braúna indica checar a respiração, o estado de consciência e sinais de queimaduras ou ferimentos. “Mesmo que o seu pet pareça estar bem, é essencial que seja avaliado o quanto antes por um médico veterinário”, orienta.
Nos casos nos quais o pet está inconsciente ou sem sinais de respiração, caso o tutor possua o treinamento adequado, é indicado que se faça a RCP (ressuscitação cardiopulmonar) até a chegada do profissional para que seja feito o atendimento adequado.
Os choques elétricos em animais de estimação podem ser fatais pelos riscos de parada cardíaca. “Os espasmos podem provocar lesões e fraturas, além dos riscos de danos neurológicos, gerando crise convulsiva e até mesmo coma”, adverte Paiva. Além de consequências como um edema pulmonar e queimaduras que, quando não tratadas, podem agravar para infecções.