Lula critica Musk e diz que mundo está sob ameaça se não regular redes

Brasília e Nova York — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender a regulação das redes sociais, nesta terça-feira (24/9), durante a reunião com países democráticos, realizada à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York. O encontro contou com a presença de representantes de diversos países e entidades internacionais (veja os participantes abaixo).

Em discurso, Lula afirmou que o mundo estará sob “constante ameaça” enquanto não houver a “firme” regulação de conteúdos que circulam nas plataformas. E, sem citar nomes, disse que empresas de tecnologia ou indivíduos não podem “se considerar acima da lei”.

“As redes digitais se tornaram um terreno fértil para os discursos de ódio misóginos, racistas, xenofóbicos que fazem vítimas todos os dias. Nossas sociedades estarão sob constante ameaça, enquanto não formos firmes na regulação das plataformas e do uso da inteligência artificial”, defendeu o presidente Lula.

“Nenhuma empresa de tecnologia ou indivíduo, por mais ricos que sejam, podem se considerar acima da lei. Elas precisam ser responsabilizadas pelo conteúdo que circulam”, emendou.

Recentemente, o bilionário Elon Musk, dono da rede social X travou uma batalha contra a justiça brasileira ao se recusar a cumprir decisões judiciais. O atrito levou à suspensão da plataforma no Brasil.

A reunião foi organizada por Lula e pelo presidente de governo da Espanha, Pedro Sánchez. O objetivo do encontro é debater formas de fortalecer a democracia frente ao extremismo político.

Participantes

Participam da reunião, além de Lula e Sánchez, os presidentes da França, Emmanuel Macron; de Cabo Verde, José Maria Neves; do Chile, Gabriel Boric; e do Conselho Europeu, Charles Michel.

Também estão presentes a primeira-ministra de Barbados, Mia Motley, e os primeiros-ministros do Canadá, Justin Trudeau; e do Timor Leste, Xanana Gusmão, além de representantes da Noruega, Colômbia, Quênia, México, França, Estados Unidos, Senegal e da própria ONU.

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