Quadrilha do Ozempic: polícia prende grupo acusado de roubar farmácias

São Paulo – A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesse sábado (16/3) cinco pessoas acusadas de integrar a principal quadrilha de roubos de medicamentos de alto custo em farmácias da região metropolitana da capital. De acordo com o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), foi apreendido todo o estoque de produtos levados durante os ataques.

Os principais alvos da quadrilha são os medicamentos Ozempic e Saxenda, cujo efeito pode ajudar no emagrecimento, e Venvanse, direcionado a portadores de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade).

As prisões desse sábado ocorreram na base operacional da quadrilha, em uma casa de campo na Serra da Cantareira, em Guarulhos, na Grande São Paulo.

O esconderijo do grupo estava localizado em área de mata fechada e no topo de um terreno inclinado. Nas redondezas, há pouca circulação de veículos. A equipe da 5ª Delegacia do Patrimônio contaram com apoio do Grupo Especial de Reação para fazer o cerco tático. Os policiais conseguiram renderam o homem que fazia a segurança do local antes que ele pudesse pegar sua arma.

Os agentes vistoriaram o local e encontraram o estoque de medicamentos. Os policiais ainda estavam no imóvel quando um SUV Mitsubishi TR4 chegou com quatro suspeitos, dois homens e duas mulheres. No banco do passageiro recolheram um revólver calibre 32 e, com uma das ocupantes, o celular roubado durante ataque a uma drogaria na Lapa, na zona oeste da capital paulista.

Também foram apreendidos uma motocicleta Honda XRE 300, um Renault Captur, e um Volkswagen T-Cross. Os automóveis apresentavam queixa de furto.

Segundo o Deic, as investigações avançaram após a prisão de dois suspeitos no início do mês. Na ocasião, a polícia prendeu um homem suspeito de ser um dos maiores ladrões de farmácias de São Paulo.

O homem foi reconhecido como o responsável por um roubo ocorrido horas antes da prisão em uma farmácia na Saúde, na zona sul da cidade.

Ozempic

Uma unidade de Ozempic chega a custar mais de R$ 1.000. Seu uso no tratamento da obesidade é considerado “off label”, quando não existe a previsão na bula. Outros remédio alvo do suspeito é o Venvanse, usado no tratamento de Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), que custa quase R$ 500 a caixa.

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