O deputado Gilvan da Federal (PL-ES), que já declarou desejar a morte de Lula, subiu novamente o tom. Em sessão da Câmara nesta terça-feira (29/4), o parlamentar lançou provocações à ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.
“Na época em que esse ex-presidiário [o presidente Lula] foi preso, eu estava na Polícia Federal, e chovia ataques à PF pelo pessoal do PT. Por exemplo, da senadora Gleisi Hoffmann. Hoje, elogiam a PF porque temos um diretor-geral petista. Na Odebrecht, existia uma planilha de pagamento de propina a políticos. Eu citei aqui o nome ‘Lindinho’ e ‘Amante’, que devia ser uma prostituta do caramba. Teve até deputado que se revoltou. Ou seja, a carapuça serviu. Ele foi mentir na CCJ [Comissão de Constituição e Justiça], se vitimizar, dizendo: ‘Você vai ver, seu bandido.’ Mas digo a ele: não vou representá-lo no Conselho de Ética porque sou homem. Não tenho medo”, disse Gilvan da Federal.
As investigações do período da Lava Jato apontam que “Amante” era o apelido dado por integrantes da Odebrecht para se referir a Gleisi Hoffmann. Antes das declarações de Gilvan da Federal, quase houve confronto físico entre o bolsonarista e o deputado Lindbergh Farias (PT), após o petista pedir questão de ordem lembrando que o adversário já desejara a morte de Lula. O presidente da comissão, deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), solicitou apoio da Polícia Legislativa, e a deputada Laura Carneiro (PSD-RJ) interveio para apartar a confusão.
Em março, o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) sugeriu que a ministra Gleisi Hoffmann poderia formar um “trisal” com o companheiro, o deputado Lindbergh Farias, e o presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União-AP). A ministra apresentou queixa-crime contra Gustavo Gayer no Supremo Tribunal Federal, requerendo indenização de R$ 30 mil por danos morais.